24 de janeiro de 2012

Texto sobre adoção: Mãe é Mãe

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Bom dia!!!

Quando penso que já conheço todas as coisas legais dessa blogosfera, vem o destino e me apresenta dois blogs falando de um assunto que adoooooro falar, discutir, debater, aprender, compartilhar: adoção.

Recebi a visita da Renata Palombo em uma postagem minha sobre adoção. Fui lá conhecer o blog dela e tive uma bela surpresa! Um blog bem escrito, com artigos muito coerentes sobre adoção, postados por uma mãe que adotou duas crianças. 

Outras blogueiras postam no blog da Renata, que se chama Descobrindo a Maternagem

E de post em post dentro do blog da Renata, cheguei até esse texto di-vi-no escrito por uma blogueira mãe de três crianças filhas do coração e grávida de mais uma que ela tem certeza que chegará em breve, que é a Cláudia Gimenes. O blog da Cláudia é o Adoção Amor Verdadeiro

Quem se interessa pelo tema adoção ou tem alguém conhecido (ou família) que quer adotar ou adotou, não pode deixar de visitar esses blogs e conhecer as duas. É muito bom ver a situação contada por quem está dentro dela.

O texto abaixo foi escrito pela Cláudia Gimenes. Agradeço às duas por terem me autorizado a compartilhar essas sábias palavras com vocês.

É um texto extenso, mas vale cada segundo de leitura.


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"Fui convidada pela Glauciana para escrever artigos para a coluna “Mãe é tudo Igual” e fiquei pensando sobre que tema falar. Como a coluna tem um nome bem significativo, vou reforçar que mãe é tudo igual e que “mãe é mãe”!


Sabe, eu não gerei meus filhos. A vida não me deu esta oportunidade, até porque eu não fui atrás de fazer com que ela me desse! Não quis fazer tratamentos nem exames doloridos. Achava que para ser mãe eu não precisaria sofrer mais do que pela espera por eles.

Eu sabia que tinha filhos para mim em algum lugar e que eram 4, mas eu não sentia que precisasse sentir dor, me submeter a doses massissas de hormônios, piorar ainda mais o que já é ruim em mim em questão hormonal, piorar ainda mais meu problema de obesidade, gastar um dinheiro que eu não tinha para ter um filho. Eu sabia que eles viriam e a adoção era o caminho!!!

E agora vou falar algumas coisas à respeito da maternidade escolhida através da adoção!

Quando decidimos adotar um filho e comunicamos isso a parentes e amigos, todo mundo faz festa, boa parte nos cumprimenta dizendo: “ah, admiro vocês… que gesto nobre”.

E aí, por mais que você explique que não é um gesto nobre, que é a espera por um filho, ninguém compreende. As pessoas passam a te olhar com um olhar que vai da admiração à pena e você vê nos olhares reticentes o pensamento de “coitada, não pode ter filhos”.

E passamos a sentir nossa gravidez de uma forma solitária, sem os paparicos de uma grávida biológica, porque ou somos criticadas ou somos exaltadas, colocadas à altura de santas por estarmos, apenas, desejando ser mães!!!

Isso aconteceu comigo! Não tive paparicos, não tive chá de bebê organizado pelas cunhadas – que organizavam chás para todas as crianças prestes a chegar na família -, mas tudo bem. o filho que eu esperava era meu, não dos outros!

Quando o filho chega, todo mundo vem, olha com cara de pena para o seu filho e diz: “coitadinho, né?!? Como a mãe teve coragem de largar um bebê tão lindo?!?”. Mas, espera aí. Quem é a MÃE? Você está diante de uma mãe que acaba de ganhar um filho e diz uma frase destas? Meu coração se partia a cada comentário “sem maldade”, advindo da total falta de senso, caridade e amor, referidos à minha filha. Eu era A MÃE! Ela teve uma progenitora e uma mãe em duas pessoas diferentes. A mãe sou eu!

E aí seu filho vai crescendo e você vai ouvindo: “mas você não tem medo que ela vá procurar a mãe verdadeira?”. E mais uma vez eu digo: “Quem é a MÃE VERDADEIRA? Aquela que gerou e não pôde ou não quis ficar ou você que está convivendo no dia a dia com a criança?”

Então posso afirmar que “mãe verdadeira” não existe, porque se aceitarmos o conceito de “mãe verdaderia” teremos que admitir que existe uma “mãe falsa”. Tá, eu sempre fui considerada a mãe falsa pela sociedade, mas pela linguagem popular, sou a mãe verdadeira!!! rss

Muita gente fala: “mãe é quem cria”, mas estas mesmas bocas te perguntam se você não tem medo que seu filho procure a progenitora, referindo-se a ela como “a mãe verdadeira”. Hipocrisia! Sendo assim, vamos fazer deste desabafo um momento de esclarecimento. O que existe são: mães biológicas e mães adotivas. Nenhuma delas é falsa.

E quando você decide ter o segundo filho, ouve: “você vai adotar outra vez? Porque não tenta ter um filho seu?!”. Para tudo!!! Porque eu não tento ter um filho meu?! A outra filha que eu tenho é de quem, afinal de contas?! Eu sou a mãe, ela é minha filha! Qual a dúvida?

E aí as bocas “sem maldade” completam seus questionamentos com um “ah, claro que ela é sua filha, afinal de contas você é quem cria, mas você já fez uma caridade, agora precisa tentar ter um filho seu mesmo, de verdade, do seu sangue”.

E quando você escuta coisas assim, cai sua ficha! Você é mãe, tem um filho, está esperando outro filho e não é considerada mãe, nem seus filhos considerados filhos! Somos pais e filhos de segunda linha em uma sociedade cheia de preconceitos enrustidos.

Quem disse que quando eu adotei pensei em fazer caridade?! Adotei para ser MÃE, oras. Caridade a gente faz doando dinheiro para asilos, abrigos, abrigos de cães, fazendo trabalho voluntário em hospitais e comunidades carentes. Quem adota, adota para ter um filho, tal e qual quem engravida. Quem adota não pensa em fazer caridade, em salvar uma vida do mundo do crime, em tirar um coitadinho da rua, da miséria ou seja lá de onde for. Quem adota o faz para ser MÃE.

E de mais a mais, quem disse que sangue diz alguma coisa na relação mãe x filhos, pai x filhos? Quem crê que sim, basta relembrar o caso da mocinha Suzane R., filha biológica, advinda de uma gravidez planejada, bem criada e tal…

Apesar de pessoas assim, você segue sua vida e quando decide ter seu terceiro filho, pouca gente é comunicada, menos gente ainda participa. Você já cansou do verniz que as pessoas usam no preconceito e na discriminação e, como sua gestação é sem barriga e sem paparicos, você decide que será sem encheção de saco também.

O terceiro filho pouca gente visita, quase não ganha presentes. Você, definitivamente, é louca perante a sociedade, principalmente se seu filho chegar doente, afinal de contas se você pode escolher, porque aceitou uma criança doente?

O quarto filho só pessoas muuuito próximas e não necessariamente parentes, ficam sabendo. Você só conta para pessoas que compartilham o desejo de adotar, mesmo, e nem faz ideia como será quando este filho chegar. Provavelmente será festejado só em casa, mesmo, entre papai, mamãe, irmãos e alguns pouquíssimos amigos de longe, que nunca te viram pessoalmente.

Se eu tenho mágoas disso tudo?! Não, não tenho!!! Aprendi a conviver e descobri que o preconceito existe, sim, que está mais presente em nossa sociedade do que as pessoas imaginam e que se você não for forte, você é engolido por ele, sucumbe à depressão.

Por isso não me dou o direito de ter preconceito contra nada, também não me dou o direito de julgar as decisões alheias. Escolhas são direito inalienáveis do ser. Você pode até não concordar com algumas escolhas das pessoas que ama, mas tem obrigação de respeitar.

Por isso, aproveito sempre que posso para falar sobre o assunto, porque acredito que somente com informações é que se acaba com o preconceito! Pior do que isso tudo que eu passei é ver meus filhos, agora entrando na adolescência, serem bombardeados com perguntas movidas pela falta de conhecimento do que seja uma relação de filiação verdadeira.

Hoje já não perguntam mais para mim se não tenho medo que eles queiram procurar a mãe verdadeira. Hoje os amigos deles perguntam se eles não têm curiosidade de conhecer suas mães verdadeiras. E o preconceito vai sendo passado de geração a geração.

Eles são bem orientados em casa e são multiplicadores dos conceitos corretos, explicam com paciência para os amigos sobre a inexistência de uma “mãe verdadeira” e colocam os conceitos em seus lugares, mas na minha modesta opinião, se não existisse de verdade preconceito, não haveriam mais crianças e adolescentes fazendo esse tipo de pergunta.

E só para constar: não, eu não tenho medo!!! Se um dia eles quiserem procurar suas mães biológicas eu os ajudarei. Amor é algo que se conquista com a convivência do dia a dia e eu não tenho porque temer um encontro deles com uma desconhecida – que lhes deu à vida -, mas uma desconhecida.

Isso tudo para dizer que mãe é tudo igual, que mãe é mãe, não importa de que forma ela se torna mãe. Se você teve a paciência de ler tudo isso, vou me atrever a deixar algumas dicas se, por acaso, você for pego de surpresa com a notícia de que alguém próximo vai adotar:

- Não olhe com compaixão, nem pena. Adotar não é uma sentença, é uma escolha!

- Não exalte o ato de adotar como algo sublime, não coloque a pessoa em questão nos pés de uma santa, porque isso magoa e ofende.

- Trate seu parente ou amigo que vai adotar tal e qual trataria se ele estivesse esperando um filho biológico. Nós, mães adotivas, também gostamos de ganhar mimos para nossos filhos.

- Quando visitar a família na chegada da criança, jamais olhe com pena nem diga “coitadinha, né?!”. Nenhuma mãe gosta de ouvir que seu filho é coitadinho! Se, por um lado, ele foi abandonado, por outro foi muito esperado e amado antes mesmo de nascer, então não existe nenhum coitadinho".

...

Então, gostaram? Beijos e boa terça feira. 

20 comentários:

  1. Não preciso nem falar q amei, ne?? Já divulguei... Vamos continuar trocando...
    Renata (www.descobrindoamaternagem.blogspot.com)

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  2. Nossa Clau, obrigada por postar o texto e por falar do blog!
    Adorei a postagem!

    Grande beijo,

    Cláudia

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  3. Pôxa Clau...sabe que eu nunca tinha pensado dessa forma? Tá certo que nunca falei uma coisa dessas para pessoas que adotaram crianças porque está claro que quem é a mãe é quem cria (tenho dois primos de tios diferentes adotivos e nunca nos passou pela cabeça achar que meus tios não eram os pais verdadeiros!!!), mas não imaginava que isso era possível: pessoas fazerem esse tipo de comentário. Coitadinho? Adotar DE NOVO? Como assim? que tipo de questionamento é esse? texto óbvio, mas muuuuito correto e elucidativo!

    Bjs

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  4. Arrasou!
    Temos que ler mais histórias como essa, pra quem sabe um dia, diminuir o preconceito.
    Do lado da família do meu marido ouço mtos comentários que filho adotivo dá trabalho.
    E filho biológico não dá???
    Qdo faço essa pergunta, olhado nos olhos de quem falou e ainda mais sabendo que está vivendo num momento que o filho biológico TÁ dando trabalho, a pessoa se cala.
    Como bem disse a Cláudia, mãe é tudo igual, mãe é mãe. Só o tempo de gestação da mãe adotiva é que é um pouquinho diferente.
    Bjs♥

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  5. Maravilhoso texto!
    Parabéns a vc e a Renata por tocarem num assunto tão grandioso!
    Eu tenho pena é dessas pessoas de mente pequena que fazem estes comentraios absurdos e grotescos!
    Mãe é quem tem o coração cheio de amor para doar!
    Mais uma vez: PARABÉNS!
    Bjão

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  6. Clau, penso que mãe é tudo igual. Mas tem umas mais iguais que as outras.

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  7. Clau, eu amei. Vc sabe da minha história, sofri muito, ouvi tantas coisas a minha vida toda... as pessoas não tem noção. Perguntavam exatamente isso, se eu não tinha curiosidade de conhecer meu pai verdadeiro e eu dizia, eu só tenho um pai... e depois de 30 anos quando conheci meu pai verdadeiro, era isso, um estranho, um desconhecido, que não tinha nada a ver comigo e que só conheci porque ele bateu na minha porta. E eu tinha mais carinho pelo jardineiro... Só quem passa e vive a adoção seja de que forma for, entende os sentimentos que nos permeiam.

    Obrigada por compartilhar um texto tão bacana.

    Beijos ♥

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  8. Clau,
    Amei o texto. E amei vc colocar aqui para todas nós lermos. Pois como não é comum a adoção, pelo menos não conheço ninguém que adotou, ficamos sem saber como são tratadas e que existe ainda muito preconceito nisso. A falta que a sociedade em geral aborda a adoção causa esses comentários preconceituosos nas pessoas. Nos traga novos textos, sempre bom ler depoimentos assim.
    Beijos
    Adriana

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  9. Acho muito bacana a adoção. Se não tivesse tido filhas, adotaria com certeza.
    Pai é quem cria e acho que o amor é o mesmo do biologico (quando cria). Tb não acho legal a raiva de alguns filhos dos pais biologicos que deram para adoção. Tudo tem um bom motivo, acredito. Julgar, nunca.
    Boa semana. Bjs

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  10. Estou aqui chorando, em ler um texto tão surpreendente, eu nunca li palavras tão simples e tão certas em minha vida....

    Eu acho a adoção um gesto maravilhoso, sou muito nova, ainda não penso em ter filhos, mais se algum dia puder, com certeza vou adotar...

    Tparabéns claudia, e parabéns clau pelo espaço cedido para um texto tão maravilhoso...

    Bjinhosss

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  11. Ai Clau, chorei ao ler esse texto e me vi em várias situações descritas. Ainda existem muitas pessoas que perguntam se peguei o Caio para criar. Como assim PEGUEI PRA CRIAR???? Ele é meu filho e nasceu de uma parte de mim, meu coração. Outro dia ouvi uma moça dizer que sabia que ele não era meu filho quando soube que ele era adotado. Fiquei P#%&@ da cara mas como sou uma lady e vi que a pobre moça era IGNORANTE, apenas lhe expliquei que os filhos não precisam nascer da barriga para serem filhos. Como se não bastasse, mesmo depois de ter dito isso à ela, ela teve a capacidade de perguntar se eu tinha filho verdadeiro. É mole???? O Caio é falso por acaso? Sorri pra ela mais uma vez e simplesmente ignorei a pergunta, respeitando sua ignorância. Adoro ler experiências de outras mães e aprender um pouco com sua histórias. Obrigada por compartilhar essa linda história.
    Bjo enorme,

    Alê

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  12. Oi Clau me permita a intimidade fiquei muito tocada com seu texto. Não não sou uma mãe adotiva, mas uma filha adotiva fui adotada quando bebe e entendo muito as suas palavras. Sei bem como é ser ou não ser bem aceita, sofri alguns preconceitos do tipo que voce se referiu, alguns até hoje só me veem coma a filha ou a irmã de criação de alguém. Confesso que quando criança sofri um pouco por não entender bem essa diferenciação que as pessoas faziam. Hoje posso te dizer que nada disso me impediu de ser feliz e sou muito grata a minha mãe biológica por ter me gerado, mas muito mais agradecida a minha mãe que me deu amor, que me criou, me educou e me inspirou a ser quem sou hoje. Te digo e afirmo adoção e nada menos que mais um método de ter filhos e mãe é quem da amor, quem cria, quem educa é quem convive. Um abraço e agradeço pelo belo texto.

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  13. Amei o texto e seu blog também, te convido a conhecer o meu, ele é recém nascido ainda rsrsrs, mas no que depender de mim ira crescer muito.Grandes beijos!!!!

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  14. Olá,
    Gostei muito do texto,muito mesmo
    ainda mais pelo fato de eu ser um filho adotado pude notar que muitas coisas são semelhandtes com a minha história e sua forma de pensar esta muito clara e coerente!!!
    Crianças adotadas não são coidadinhos em momento algúm pelo contrário tenho 17 anos fui adotado por uma família muito bem estruturada descendentes de italianos e eu com uma aparência totalmente oposta a eles e hoje estou morando no México na fronteira com os Estados Unidos fazendo intercâmbio e sabe porque porque eu tive uma mãe que me deu as melhores oportunidades do mundo e também porque eu tive Deus do meu lado todo o tempo, mas essa mãe que eu estou dizendo não é minha geradora que me deu a vida e sim aque me amou desde o meu terceiro dia de vida ♥

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  15. Sabe o que fico pensando: eu não vejo a hora de ter esses problemas rs.
    Quanto ao tratamento diferenciado aos adotantes, creio que é válido sim, só que dentro do Poder Judiciário, para que esteja claro que os pretendentes a adoção não querem fazer caridade e nem comprar um menino na prateleira. Eles querem, nós queremos ser pais... e mais, pais adotivos e pronto.
    E venhamos e convenhamos: querer ser pai e mãe é mesmo uma loucura. Filho dá trabalho, gasta-se muito, é para toda a vida e nunca, nunca mais se tem sossego. Porque "mãe é tudo igual" mesmo. Se um pretendente procura a adoção, ele merece sim a atenção e o respeito, de quem está se lançando a um desafio e atendendo ao cumprimento do direito de toda ser, que pe o direito da convivência familiar saudável. O desafio é árduo, sobretudo no caso da adoção tardia (quando a criança já tem uma história de vida, que pode conter traumas).
    Eu mesma digo: quando meu filho chegar, vai direto para a terapia.
    Mas quando meu filho chegar ele vai ter sim chá de boas vindas e recepção de apresentação a todos que me conhecem. E ai daquele que mostrar qualquer tipo de desprezo pela situação, porque "mãe é tudo igual" e eu vou ser uma galinha choca.
    Parabéns Cláudia pelo texto. E Clau por nos apresentar a ele.
    Se a Cláudia autorizar, eu gostaria de usá-lo nos cursos preparatórios para pretendentes a adoção (que há de acontecer!).
    Bjos

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  17. Olá, super me identifiquei com este post.
    Quando você disse que a vida não te deu a oportunidade de gerar, e que também não correu atras de exames.

    Aos 14 anos descobri que não poderia engravidar. Quando disse meu médico na época (mas tem tantas crianças pra serem adotadas né?!) Me senti traída, desabei, fiquei por anos sem conseguir me abrir, falar sobre o assunto. E não, não gosto que olhem pra mim com pena. Aos poucos fui criando forças e perceber que para ser mãe eu não precisaria gerar! Para mim Adoção é Opção. É AMOR.

    Obrigada por compartilhar sua linda história de vida!

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  18. Amei seu texto...consegui entender o lado das mães, já que eu sou adotada. Tenho muito orgulho da minha história e confesso que sofri muito e sofro até hoje. Por que as pessoas são crueis e nos tratam como se devessemos ter gratidão,. Nunca negue a seus filhos o direito de conhecer a verdadeira história deles, isso faz toda diferença na nossa vida, mas não faz querer optar por quem nos abandonou.bjos!

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  19. Amei seu texto...eu sou adotada e sofri e sofro muito com esses comentários e com a rejeição. MAs acho que nossa herança cultural nunca ajudou.Quando a escrava amamentava os filhos dos senhores da senzala e criava-os.Mas isso tbem não justifica, as pessoas são cruéis quando se trata de adoção. Mas crie seus filhos contando a verdade sobre a história deles...e ame-os...não tem como dar errado.Hoje eu sei que minha mãe biológica me amou muito ...a ponto de me dar a uma familia que faria por mim o que ela não tinha condições de fazer.Bjos!

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