A liga das super avós

no dia 11 de maio de 2010

Foi-se longe, mas muito longe mesmo, o tempo das vovozinhas de bochechas rosadas e chinelinhos fofos fazendo crochês cercadas de netinhos dóceis por todos os lados. E também já faz tempo que o livro de cabeceira dessas doces criaturas deixou de ser o caderninho de receitas.

Elas hoje não existem só para os netinhos e nem são mais aqueles seres que se planeja visitar no fim de semana ou férias, e que faz parte do imaginário de todos como aquela figura ilustrativa da bondade e paciência.

O mundo mudou, e com ele as avós evoluíram e assumiram um papel diferente daquele de antes. Hoje a avó trabalha fora, defende tese de mestrado, é independente, faz escova definitiva, peeling facial, massagem, jump, tem Facebook, e se brincar "tuita" muito mais que todos os netos adolescentes juntos. E se ela for divorciada do avô e tiver um namorado, nada de fazer cara espanto.

E se isto tudo não bastasse, a avó se firma novamente no papel de mãe, e na impossibilidade (ou comodidade) dos filhos cuidarem ou sustentarem suas crias, lá vão elas reviver a maternidade através dos netos.

No caso da minha mãe especificamente, a maternidade bateu de novo à porta com a chegada do meu primeiro sobrinho, há pouco mais de sete anos. Como virar as costas para aquele montinho de gente com bundinha fofa de fralda descartável, com apenas um aninho de idade e uma mãe biológica inexperiente e indiferente ? Lá foi ela de novo, pela quarta vez, e pela primeira como avó, se meter no mundo das mamadeiras, cocôs moles e noites sem dormir.

Ser avó hoje, em muitos casos, é ser mãe ao quadrado. É ser uma mistura de Dona Benta, Mulher Maravilha, Ana Maria Braga, Zilda Arns e Gisele Bundchen.

Ela hoje acompanha a gravidez, faz a sopa do hospital e ainda arranja tempo para correr para o computador para postar as fotos do novo membro da família no Orkut.




Descobri que só tenho essa foto com minha mãe, na minha formatura, em 2003. Mas vale como homenagem atrasada, espero.



E esse ao lado é o montinho de gente que hoje tem sete anos. É filho de avó, bisavó, avô, madrasta e de quebra duas tias doidas que movem o mundo para agradá-lo e estragá-lo.



7 comentários:

  1. Sei Blog está demais!!!
    Adorei o novo visual. Textos...
    Parabéns!
    Estou organizando evento beneficente lá da nossa loja. Será dia 10 de junho. Depois te mando mais informações. Kisses...

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  2. Essa descrição parece ser para mim.Sou avó de um neto de sete anos e é exatamente tudo isso que você citou aqui que acontece comigo
    Bjoka
    Yoyo

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  3. Oi Clau!
    Delícia de texto! Consegui visualizar cada palavra!
    Beijo e apareça sempre, é um prazer ler seus comentários.

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  4. Temos o Arraiá, que espero vocês lá.
    Mas, o evento que estou organizando será dia 10 de junho. "Maquiar é importante, mas cuidar da pele também!" Só para mulheres, após as 21:30 os maridos saídos da sessão vão nos encontrar para uma espécie de Happy Hour. Espero vocês lá também. O Tio Silvinho - ainda, posso chamá-lo assim? - vai na sessão e você no workshop. Kisses,
    Patty

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  5. Olá querida!! amei seu blog e já estou te seguindo,qualquer hora passa no meu http://mulhervirtuosa-il.blogspot.com/
    Beijos!!!

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  6. Minha mãe é avó-mãe do meu sobrinho e agora também do Bê na parte da tarde, quando ele sai da escola. Como é novidade (faz 3 dias) hoje resolvi fazer uma surpresa e fui buscá-lo na saída, crente que estava abafando. Não dá para descrever a carinha de decepção dele quando me viu... Ah, eu queria que fosse a vovó Mirian... Quase morri. Mas também entendi e fiquei feliz. Esta novidade está sendo ótima para ele, que era "menino de creche integral"!
    Beijos.

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  7. Maria Elvicia17/5/10 9:53 PM

    Como é a vida né? Quando os filhos crescem e voce pensa que já está caminhando para dias traaaaanquilos, monótonos e sem graça, de repente eles, os netos, chegam e voce se sente renascer.É a vida em sua plenitude. É a sabedoria divina. Na verdade Clau, não somos mães-avós mas sim, avós-mães.

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