Não sei se todos sabem, mas trabalho em uma cidade diferente da cidade que moro, e são 200 quilômetros que me separam de mim mesma, ou seja, do meu marido, roupas, livros, computador, e tudo mais que compõe meu infinito particular. Em Itumbiara, onde trabalho, só há o necessário para viver provisoriamente durante a semana.
De vez em quando meu marido vai passar o final de semana comigo, e eu acabo ficando 15 dias sem vir em casa. Se eu prolongar demais narrando esse drama, arrisco ter que buscar na farmacinha doméstica o meu tarja preta, então vou me conter, só por hoje.
Depois de longas duas semanas fora de casa, chego para desfrutar do meu cantinho preferido no mundo, e obviamente a trilha sonora de máquina de lavar iria hoje começar mais tarde: dormiria de manhã. Dormiria... não dormi. Por que? Ora, o supermercado do bairro achou que seria mais importante eu saber das novidades em promoções do açougue no sábado oito horas da manhã do que dormir, e escolheu, por mim e pela maioria dos moradores do bairro, que iria nos acordar.
Parecia um pesadelo: patim, peito de frango, acém, contrafilé, tudo misturado com meus lindos sonhos de uma manhã de sábado na caminha saudosa. Ainda ouço o carro de som estalando dentro da minha cabeça e me irrito com a falta de educação e de senso do incômodo de alguns comerciantes. E isso é reincidente a cada sábado ou feriado. Eu me lembrei da época em que morava perto da catedral, em Itumbiara, e no domingo o padre queria me converter a qualquer custo, às sete horas da madrugada, soltando bem alto na minha orelha: "...abençoa Senhor, as famílias, amém..."
Eu JURO que JAMAIS vou entrar nesse supermercado, a não ser que haja um terremoto e estejam saqueando!
Esse tipo de publicidade é inconveniente e afasta.
Outra coisa, o que pretendem alguns lojistas espalhando papel picado no chão das lojas? Affff... dá um aspecto de sujeira tremenda e junta milhões de partículas de poeira que vão direito para os narizes desavisados dos clientes. Atchiiiimmmmm....
Bom, já mostrei meu lado insuportável. Vou agora dormir que amanhã pode ter alguma promoção.
Oi Clau, mto fofa sua maneira de lidar com as palavras... Amei o template! Não esqueça de esqueçer seus livros e divulgar nossa idéia, ok?
ResponderExcluirbjs
adorei o seu texto bem humorado. Adoro textos assim. Vim conhecer seu blog depois da sua visitinha ao meu. Como é bom esse intercâmbio virtual. Sou viciada nisso. Já estou te seguindo. Ninguem merece acordar com tanto barulho assim. Aqui em casa, fecho tudo, janelas, cortinas e portas do meu quarto, quando vou dormir, senão acordo com qualquer barulhinho. Feliz de quem tem o sono pesado. Ah, como queria ser assim. Bom domingo, Clau. Bjs
ResponderExcluirOi Clau, tudo bem? Ja se recuperou do alto falante de propaganda?...espero que sim...ninguem merece..nao é mesmo?
ResponderExcluirObrigada por visitar meu cantinho e por se juntar à nós...seja muito bem-vinda!!!
Tambem gostei da maneira como escreve e com certeza vou voltar mais vezes, viu?
Ja estou seguindo e levando o link comigo
Beijinhos e um bom Domingo pra vc.
So
Clau, faço coro com você. E eu agiria da mesma forma: não comprando neste mercado! Odeio carro de som. TODOS a qualquer hora!
ResponderExcluirSilêncio devia ser um direito mais respeitado.
Beijos.
Imagino como seja dificil morar num local e trabalhar em outro. Mas, se aguenta, né? O barulho pode incomodar. Eu gosto de barulho, acredita. E esses carros de som se tocam música junto a propaganda me encantam.
ResponderExcluirOlá amiga!(já estou me sentindo também...kkkkk)
ResponderExcluirA-do-ro as suas sacadas e a sua "Força de Expressão" (com perdão do trocadilho infame). Mas concordo com cada palavra, nessas manhãs sonolentas, em que apostamos a semana toda, imaginando que poderemos desfrutar da caminha sem um horrendo celular despertando,acordar sossegadamente e tomar aquele cafezinho sem pressa,é que a gente reconhece o valor do bom publicitário.
Ah!O seu lado insuportável nem é tão ruim assim...rs.
Beijos e um bom retorno!
Pode ter certeza...sentirei a sua falta!
Até breve!