Só para as normais!

no dia 22 de fevereiro de 2011


Recebi hoje esse texto por e-mail, cuja autoria é atribuída à jornalista Danusa Leão. Não sei se é dela mesmo (se alguém souber de algo diferente, me avise, por favor).

Alguém aí se identifica?

Beijos e ótima terça feira com direito à falta de glamour para nós todas!



Imagem


POR DANUZA LEÃO
Quantas mentiras nos contaram; foram tantas, que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão devitórias e felicidades.

Uma das mentiras:
É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante.

É muito simples: não podemos.
Não podemos; quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante.

Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto,para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?

Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer - sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.
 
Ah, quanta mentira!

Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha; não à que faz de conta que trabalha, mas a que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.

Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe, a guerra já está perdida. Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes -aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro.
 
Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.

É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.
 
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.

Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.

Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver. Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão.

Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria.

Parabéns para quem consegue fingir tudo isso ....

Danuza Leão

16 comentários:

  1. Se é ou não da Danusa, não sei, mas que é um texto muito bonito, isso eu concordo.
    Aproveito e faço votos para que tenhas um lindo dia. Bjs

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  2. Que texto é esse?
    Adorei, já fiquei deprimida achando que só eu não dava conta de tudo! Se tivesse lindo este texto na época, economizaria as lágrimas!!!!
    Beijo

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  3. É tudo isto e mais alguma coisa. O texto é a prova cabal de que super-heroína só existe em quadrinhos, nas telinhas em casa e telonas de cinema.
    Bjs.

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  4. Oi Clau,

    Bom dia!

    Independente da autoria, cada palavra é tão verdadeira quanto 1+1=2...ahaha

    O triste é a sociedade vender as mentiras e a gente ter a coragem de comprá-las..=]

    Beijos

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  5. Clau do céu, que texto é esse???? Se foi a Danuza Leão que escreveu eu não sei, mas que o texto é perfeito do início ao fim, isso é. Ameeeeeiii!!!

    Bjos,

    Alê

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  6. é... realmente o que as revistas mostram está muuuuuiiiiittttooooo longe da realidade.
    Importante é que somos muito especiais por sabermos "rebolar" (no melhor sentido da palavra) e a honrar todas as nossas responsabilidades.
    Viva nós!!! rsrsrs

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  7. clau, acho que a autora está coberta de razão. atribuíram tantos papéis às mulheres (ou ela mesmo se atribuíram com as mudanças na sociedade) que essa super-mulher não consegue dar cabo de tudo.

    mas mesmo assim, por serem guerreiras e corajosas, vocês tentam ser tudo isso. e bem ou mal, vocês sempre dão um jeitinho.

    meus parabéns às mulheres que precisam ser hoje em dia, multifacetadas.

    beijos

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  8. Oi Clau!
    Que texto belíssimo e verdadeiro.
    Simplesmente adorei!
    Bjão!

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  9. Nossa que alívio, ao ler este texto,achava que só eu que não conseguia fazer tudo isso.


    Beijos Clau.

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  10. Hoje eu estou neste clima de "realmente eu não dou conta!" Cansada, desiludida, cheia de trabalho. Mas como sou filha de Deus, vou tomar um banho e descansar...

    Boa semana, bjs

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  11. SÓ PODE SER DA DANUZA MUITO REAL E VERDADEIRO!
    LINDO ADOREI!

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  12. Acho que a mulher deveria ganhar o dorbro do que um homem ganha, pois além de mulher, ela trabalha fora, cuida da casa, dos filhos e não é reconhecida. Só uma mulher maravilha para dar conta de tudo.

    Bjão

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  13. Ufa !!
    Me libertei agora...rsrsrs
    Não dá prá trabalhar, ficar com cabelo, unha maquiagem perfeita num dia causticante que nem esses que agente esta vivendo, rsrsr
    Sua Pepa seguiu ontem desculpe o atraso, mas a coisa da Amy me deixou meio assim...
    Espero que goste do esmalte também !!

    Bjus 1000 !!

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  14. Oi Clau!

    E quem NÃO se identifica? Fica difícil para qualquer mulher de qualquer idade e em qualquer lugar do mundo não ter alguma identificação com alguma parte do texto. Somos nós retratadas nas palavras da suposta Danuza Leão - do fio de cabelo um pouco maltratado à unha do pé por fazer... somos nós! O texto nos ajuda a conviver com nossas culpas por não sermos perfeitas em tudo. Vamos jogar pro alto a mania de perfeição e vamos VIVER, com aquilo que somos capazes de fazer, apenas. Uma semana maravilhosa para vc, querida Clau e parabéns pelo post. Bjs

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  15. Provavelmente deve ser da Danuza,muito real e verdadeiro esse texto!E quem não se identifica a alguma parte desse texto?Por mais que se queira,não conseguimos dar conta de tudo..rs.

    Uma quarta-feira iluminada prá vc!
    Beijooooooo

    Simone Souza

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  16. Oi, Flor!!
    Cheguei hj no blog e adorei!!
    Muito, muito!!
    Escrevo lá no vidadequilibrista.blogspot.com, e falo justamente dessa magia (?) de ser tudo ao mesmo tempo (ou não???)
    Posso levar esse texto prá lá?? Vou linkar seu blog, ok??
    E já estou te seguindo...
    Se der me faça uma visita!!
    Um grande beijo!
    Grace

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