Notícias do lado de cá e solidariedade

no dia 17 de fevereiro de 2016

Olá todo mundo!

Por aqui a vida entrando nos eixos, tentando uma rotina mais agradável para a Sophia desde que terminou minha licença maternidade. Tivemos em dezembro a festa de aniversário de um aninho dela (ainda hei de postar os artesanatos que fiz, paciência, rs). 
Minha fofucha está espertíssima, correndo pra todos os lados e a mãe louca atrás para cuidar da integridade física dela. Caminhada e corrida forçada por aqui, temos! 

Mas hoje vim aqui principalmente para falar do projeto social e solidário de uma amiga, a Valéria Lima, que conheci enquanto trabalhava em Trindade-GO. Ela conduz um trabalho numa comunidade carente, um grupo que se chama 1 Gotinha de Amor. Ela dá show de desprendimento e dedicação ao próximo, trabalhando valores nas crianças e adolescentes, envolvendo a todos em atividades como capoeira e artesanato, tudo para que eles tenham foco nas coisas boas, se envolvam com o bem. Abaixo algumas fotos de momentos que salvei, com autorização, do Facebook da Valéria. 

Aulinhas de artesanato, materiais enviados pela True Colors Tintas, pela Margaret, algumas coisas compradas com recursos das Fadas Madrinhas e demais coisas conseguidas com esforço da comunidade local. 


A meninada se empolgou e soltou a criatividade. 


Algumas das crianças e adolescentes que fazem parte do projeto: 






Então, gostaram das fotos? Eles são em torno de 100 crianças e adolescentes, não tem recursos próprios nem parcerias fixas, fazem esses encontros com doações, um dia conseguem lanche, outro dia material para artesanato, e assim seguem. 

Pensei com as amigas das Fadas Madrinhas em iniciar uma coleta de livrinhos infantis e infanto juvenis para ajudá-los e já conseguimos algumas pessoas mobilizadas. Gostaria de então pedir, caso você tenha algum livro, quebra cabeças, joguinho (de preferência pedagógico), que nos envie. Em Itumbiara e em Trindade temos como receber pessoalmente a doação. Para contribuir de outros locais, temos os Correios. 

E quem puder, compartilha o nosso banner da campanha:




Então, vamos ajudar? Quem quiser endereço de remessa, favor mandar e-mail para claudiene.finotti@hotmail.com , que dou as orientações.

Grande beijo solidário a todos.



Notícias do mundo rosa de Sophia

no dia 13 de setembro de 2015


Enfim consegui aparecer por aqui para falar sobre a nova fase da minha vida e claro, como devem ter notado, para apresentar o visual novo do blog. Ficou lindinho, né? Leve e delicado. Trabalho da competente Elaine Gaspareto. Profissional e tanto, recomendo! 

Daqui a cinco dias completo 42 anos e quatro meses e meio se passaram desde que recebi a missão mais importante da minha vida: ser mãe da Sophia. Não posso dizer que é mais fácil ou mais difícil ter um bebê nesta idade do que mais nova, digo que é único, como toda experiência pessoal é. 
Estou curtindo cada minuto dos meus 180 dias de licença maternidade e agradeço muito por ter oportunidade de ter um trabalho que me permita isso. Cada momento junto com ela está sendo importante para o nosso aprendizado. A vida mudou radicalmente e considero que para melhor. Se eu era feliz antes? Sim, era. Mas agora é uma satisfação diferente. 


Eu e ela, aos 8 meses, de olho no meu brinco.

No dia em que ela chegou, no momento em que me sentei no sofá para dar a primeira mamadeira, depois que baixou a adrenalina inicial, me toquei que eu tinha entrado num tipo de portal que deixava para trás tudo que eu tinha vivido/sido até ali para entrar num mundo totalmente novo. Tá, na teoria eu já sabia disso, mas vivenciar é outra história. 
No dia 30 de abril, sexta feira, eu trabalhei o dia todo num ritmo frenético, sem me preocupar com hora de saída, como vinha sendo todos os dias nos últimos meses e depois de apenas um telefonema, horas depois eu já não era mais só eu, estava aqui sentada segurando um pacotinho que mamava vagarosamente sem se preocupar se eu tinha mil afazeres. 
Quando há a gravidez, você tem duas coisas concretas: sua barriga crescendo e um tempo previsto para o bebê estar em sua companhia. No processo de adoção você tem uma expectativa de um dia seu telefone tocar e desse momento em diante você vai ter que se virar em mil para dar conta de preparar sua casa e sua vida para receber o novo integrante da família. E para quem está na fila de adoção esperando e achando que o telefone nunca vai tocar, acredite, um dia o bendito toca. Aconselho a guardarem dinheiro na poupança rsrsrs 

Por hoje só posso concluir que ser mãe de menina tem me realizado, e ter sido escolhida por Deus pra ser a mãe da Sophia foi um belo presente. A gente se diverte, ri, lê livrinhos de pano, vê desenho juntas, brinca, faz piquenique, tudo muito prazeroso, a vida em slow motion, deixando todo o resto para segundo plano. Tenho abusado do direito de mimar minha filha com muito carinho e com roupas lindas e sapaticos fofos, afinal nós duas esperamos muito por este encontro e merecemos. 



Uma toalha à beira da piscina é diversão garantida
 numa tarde de domingo.

Assim que der, volto para contar mais sobre o que andamos aprontando e mostrar alguns artesanatos que tenho feito (sim, depois que ela dorme eu corro pra minha terapia, o artesanato).

Ah, e eu que nessa época do ano estaria empolgadíssima arrumando detalhes da viagem de férias, no momento só penso na festinha de aniversário dela de 1 aninho. Tudo para fazê-la feliz e estarmos juntos com os amigos queridos que torceram tanto por nós. 

Bom final de domingo a todos!

Chegou Sophia!

no dia 13 de maio de 2015




Daí que em um dia normal de trabalho eu voltava do almoço, quando fui abordada por uma mãe desesperada com o marido preso e o filho pequeno com fome. Enquanto eu e uma colega tentávamos ajudá-la, algumas pessoas me procuravam no meu local de trabalho. Estas pessoas eram do Juizado da Infância e Juventude. Nesse dia nasceu Sophia para nós. 

No mesmo dia, claro, agendamos visita ao abrigo. Sophia conquistou primeiro ao pai com altas risadinhas banguelas e gritinhos. A mãe se rendeu no segundo encontro. 

Foi correria total, pois por mais que estivéssemos esperando esta notícia há quatro anos, não montamos quarto para ela, queríamos que tudo fosse feito após o contato do Fórum. Bercinho, carrinho, roupinhas, tudo isto preparado em menos de uma semana. Euforia tomou conta de nós e aquela mini pessoa de quase 4 meses passou a ser o centro dos nossos assuntos e da nossa vida. Entre o primeiro contato e a sentença que nos permitiu trazê-la para casa, se passaram quase 20 dias. Foi um tempo sofrido, mas de amadurecimento e criação de vínculos. Cada vez era mais difícil deixá-la naquele bercinho e vir embora. 

Sophia nasceu saudável, de parto normal, bem perto da data dos festejos Natalinos e nós, longe dali, nem sonhávamos que em algum lugar já existia nossa filha. Não temos o direito de julgar ou apontar quem não quis ou não pode ficar com ela, isto não importa, importa é que a Deus entendeu que era nossa filha e usou o Judiciário para entregá-la no endereço certo. Mesmo não tendo nosso DNA , temos o vínculo do amor, que é maior do que a biologia. 

Por questões processuais, não podemos divulgar fotos, então, amigos, por favor, entendam. 

Após estes 20 dias visitando a pequena quase que diariamente no abrigo, numa quinta feira 30 de abril, 17:30 horas, me avisaram que eu poderia trazê-la para casa. O pai tinha tido uma emergência e estava viajando, afinal não sabíamos o dia certo que sairia este documento. Então, mal consegui terminar meu expediente de trabalho e me dirigi ao abrigo sozinha. Não teve comemoração, não teve gente esperando para ver a foto no colo da enfermeira, não teve família na sala de espera. O que tinha era uma mãe sozinha, morta de medo, mas que não podia esperar até o dia seguinte para trazer o pacotinho para casa. Uma tensão tão grande que não deixou nem a emoção aflorar. 

Como tudo que é para dar certo, simplesmente dá, uma monitora do abrigo estava de saída e tinha que passar pelo caminho da minha casa. Eu, que já vinha carregando no carro a malinha e o bebê conforto há dias, só tive que trocar a filha e contar com este favor da monitora em acompanhá-la no banco de trás do carro e vir aqui em casa comigo para me dar as últimas instruções de remedinhos, enquanto eu quase surtava com medo de fazer tudo errado. rsrsrs O pai só chegaria sábado à tarde, mas antes disso recebi suporte de algumas pessoas, amiga que gentilmente trouxe almoço e um perfuminho de bebê para Sophia causar com as visitas, além de dar colo pra criança enquanto a mãe almoçava, família do pai que compareceu para conhecer a princesa e dar suporte e especialmente da tia, que é pediatra e veio examinar a nova sobrinha em casa, não é um luxo? 

Acabou sendo tudo como sonhamos, quartinho rosa e marrom arrumado às pressas mas não com menos carinho do que quando se tem nove meses para fazê-lo, lembrancinha de visitas, farmacinha cuidadosamente montada pelo pai e overdose de roupas rosa, porque sou dessas, me deixa rsrsrs

O que não foi como sonhamos foi a própria Sophia, que supera a cada dia as nossas expectativas nestas quase duas semanas. É uma criança feliz, saudável, carismática e faz todo o cansaço valer a pena quando dá seus sorrisos e seus gritinhos estridentes. 

Uma mini gente que se desenvolve a cada dia e enche a casa de bagunça e de muito amor. Eu me sinto como se ela sempre tivesse pertencido a esta casa. 

Já tem padrinhos, já recebeu muitas visitas de amigos e conheceu quase todos os familiares, tendo sido sempre rodeada de muito carinho. Não vou citar nomes, mas olhem, tive boas surpresas inesperadas em termo de demonstração de afeto. Requeri licença maternidade e espero ficar seis meses em dedicação exclusiva aos cuidados e desenvolvimento dela, sem contar, é claro, que estes primeiros momentos são muito importantes na criação do vínculo dela conosco. 

Concluo dizendo que, como já dizia Chico Xavier, tudo que é nosso dá um jeito de chegar até nós. Sophia chegou e hoje ela nos pertence e nós a ela. 





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