Decisões de fim de férias

no dia 15 de março de 2010


Os últimos momentos do meu martírio libertador pré-prova transcorreram lentamente na manhã de ontem. E ontem ficou ontem...
Hoje eu digo que chega! Basta desse quase! Quase estudei, quase vivi e a razão é: não tenho mais o ânimo de antes para permanecer seis horas quase ininterruptas "comendo" livros cuja coisa mais interessante é descobrir a composição dos órgãos do judiciário brasileiro.
Eu quero é ser feliz e não me importar se podem confundir isso com preguiça. Chega de adiar o que realmente importa.

Eu nunca estive tão bem por abandonar um projeto!

Agradeço muuuuito a Deus por ter um emprego que me permite, entre outras coisas, pagar minhas necessidades. Tenho um marido que amo, amo, amo... minha família aumentou e tenho mais duas pessoinhas para dar atenção.
O que muitos chamam de desafio, adrenalina e superação se tornou para mim martírio. Eu não mereço me obrigar.

Estou em outro momento e só por hoje, vou dar um chega pra lá nos sites de concursos, nos livros de auto-ajuda e metodologias mil. Só por hoje vou aproveitar meu tempo com coisas que me dão prazer, curtir minha casa, inventar moda, colocar em dia a literatura esquecida e aprender nos livros o que me faz feliz. Ler revista fútil, bater perna no shopping e sonhar de novo com a maternidade, antes que passe. Cuidar de mim, salão de beleza, saúde. Botar minha cabeça nos projetos sociais que eu realmente AMO, e quem sabe, dominar o mundo com verso e prosa?

Por que insistimos em manter obstáculos? Pensando nisso, separei alguns dos livros que comprei há mais de dez anos na época da faculdade, aceitei que nunca lerei, que não me farão falta e simplesmente me livrei deles. Nelson Rodrigues já dizia que o livro que não lemos não nos faz falta, não é mesmo? Esses não me farão. E nem ficarão ali na prateleira me acusando de nunca tê-los lido. Interpretei convenientemente de forma errada o autor. Sorry, Nelson!!!

E mais: peguei todas as roupas e sapatos que jurava que ia usar um dia e doei. Armários e escritório leves dos objetos que me lembravam de ter um dia que fazer uma coisa. Cabeça leve porque nunca me farão falta e servirão a outros.

Mas nada no mundo está mais leve que meu coração, sabendo das possibilidades que virão pela frente.

Em vez de ter compromisso com a infelicidade planejada, vou ser feliz inesperadamente.

Um comentário:

  1. CLAU, QUANTO DESPRENDIMENTO .QUE CONTINUE ASSIM E QUE DEUS DEIXE FLUIR BELOS PENSAMENTOS E ENSINAMENTOS NESTA FONTE FECUNDA DE TEU CEREBRO ,QUE É A SUA GLANDULA PINEAL!!!QUE DEUS A FAÇA FELIZ....

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