Família X Mousse de Chocolate

no dia 2 de março de 2010

A narrativa abaixo aconteceu de fato há um ano.
Os nomes, locais, objetos e datas não foram trocados porque, enfim, qual seria a graça?
Sinto muito, família, essa eu tinha que publicar!



Hora do almoço na casa da minha mãe.
Minha irmã Luciane vai até a geladeira, pega um pote plástico e diz:
- Tem mousse de chocolate, Claudiene quem mandou!
Sobremesa de chocolate ninguém na minha família, exceto meu pai, hesita em aceitar. Aberto o potinho, restou a degustação do conteúdo cremosíssimo de textura e cheiro tããão apetitosos.

Expectativa e saliva aumentando... Os lindos enormes olhos negros do meu sobrinho brilhando...
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A primeira a encher uma colher e provar foi minha irmã, que com cara de nojo e decepção disse:
- Argh! Que gosto estranho! Será que azedou na viagem?
Logo após, minha avó Odete, ao experimentar também só um pouquinho, tentando driblar o diabetes, exclama, com seu sotaque paulista/goiano:
- Credo!!! Será que em Goiânia isso faz sucesso? Chega a apertar e amargar a garganta! Prefiro meu mingau de aveia!
Na sequência meu sobrinho Carlos, entregando minhas aptidões:
- Eu sempre disse que a tia Clau era péssima na cozinha, isso tá ruim demais! - disse colocando a língua pra fora e na sequência correndo para o banheiro lavar a boca.
Minha mãe, que não é de desistir fácil, depois de tentar gelar o conteúdo sem sucesso, pensou que tinha achado finalmente a solução que os outros pobres mortais ainda não tinham pensado: leite e fervura!
Depois de diluir a apetitosa sobremesa que agora deixou de ser cremosa para ser um mingau de cor marrom clara e não mais tão atraente, observou:
- É, não tem jeito! Pode jogar fora! Não fala nada prá Claudiene não, mas essa mousse não dá para comer! Gosto esquisito demais! Que ingredientes será que ela usou? Será que usou leite perdido?
Enfim, o lixo!
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Temendo esbarrar na indelicadeza, ninguém ousou telefonar para saber de mim o segredo de tal iguaria. Por certo pensaram que era coisa muito fina aqui da capital ou que eu "errei a mão" em alguma receita da Ana Maria Braga.
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Passados alguns dias, minha irmã me liga, e no meio de um assunto qualquer pergunta:
- Claudiene, como é mesmo que se come aquela mousse de chocolate que você mandou?

Silêncio... interrogação... lembrei!!! Gargalhadas.

- Tentaram comer o creme de hidratação de chocolate que te mandei para passar no cabelo? - eu disse, chorando de rir.

Gargalhadas mil de nós duas.

Nos nossos encontros esse assunto até hoje rende muitas risadas.
Esse equívoco é o resultado dessas empresas usarem em cosméticos aromas de chantilly, morango, leite, chocolate, etc.
E o resultado de eu reutilizar pote de requeijão para mandar à minha irmã creme para cabelo.

Ainda bem que só rendeu essa narrativa inofensiva, muitos risos e nenhuma ida ao hospital.

Um comentário:

  1. Clau ,lendo e relendo suas cronicas ,me esbarrei ,numa que de relance me sugeria uma iguaria deliciosa ,mas par meu espanto me fiz diante de uma cronica alegre ,inteligente e mto contagiante , me enchendo de estrondosas e deliciosas gargalhadassssss. Parabens p/ cronica...

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