Bom senso é saudável também

no dia 15 de abril de 2010


Há muito não é segredo, para quem convive comigo direta ou indiretamente, que trabalho social é uma de minhas paixões.

 Sempre que meu grupo de amigos e eu começamos alguma movimentação em torno de um trabalho nesse sentido, graças a DEUS, muitos se mobilizam e o resultado é sempre melhor que a expectativa. Eu sou realmente privilegiada por estar cercada de gente tão especial.

Sempre que saímos para alguma visita, lembramos de levar doces para que já tem em mente que as madrinhas irão levar alguma coisa. Eu não desapontaria essas expectativas por nada no mundo!!! Aprendi isso com minha parceira e amiga Eni, que aprendeu com a mãe dela, e que diz que não devemos deixar de adoçar as bocas das crianças nunca. Simplório até certo ponto.

Pois bem, semana passada fui questionada sobre se isto não estaria incentivando a cárie. Não fosse minha boa educação e capacidade de dissimulação, teria gargalhado.

Na verdade seria realmente estranho imaginar a Tia Clau chegando nas casas com uma sacola cheia de alface, dizendo às crianças que é importante se alimentar bem, quando na verdade sabemos que muitas sequer tem alimento, quanto mais cardápio variado. É fácil falar em cortar doces dos nossos filhos, mas muito difícil entender a disciplina imposta no "falta tudo". No nosso mundinho, só nos privamos de alimentos nas dietas.

Outra coisa para mim inconcebível é doar como presente de Natal algo parecido com quebra-cabeças, mosaicos, ou qualquer do gênero. Brinquedo pedagógico é ótimo! Quando tiver um filho eu o incentivarei a tê-los e a aproveitá-los bem. Mas brinquedo de Natal para criança carente não tem função educacional nenhuma. A criança, não tendo ganhado mais nada durante o ano todo, iria mesmo querer pagar o preço de ter que aprender algo justamente com o brinquedo, o único brinquedo que ganha? Penso que não. Presente para criança, ao meu ver, é carrinho, bola, boneca, fogãozinho, panelinha e até vassourinha, mas joguinho com palavras de montar, nunca! 

Presente de Natal é despretensioso, só tem função de provocar felicidade, de iluminar, e até mesmo de incluir a criança em um contexto religioso e comemorativo tão forte na nossa cultura.
Toda menina, desde a mais pobre, tem que sonhar em ser princesa, professora, fada ou médica. Todo menino deve se imaginar piloto de FI, de avião, um guerreiro ninja ou o que quiser ser.

E ponto.

2 comentários:

  1. Clau, a cada leitura dos teus post eu fico mais impressionada como a forma que escreves. Além de coerente, mostra o ser sensível que tu és. Sem rasgação de seda eu declaro que fiquei fã dos teus artigos. Beijinhos. Boa Semana"

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  2. PELA SINGELEZA DE SEUS ARTIGOS LITERÁRIOS, PELA SUA SUTILEZA EM DESCREVÊR-LO, MOSTRA A SUA SUPERIORIDADE DE UM SER ESPECIAL, COM MTOS SENTIMENTOS QUE A DIGNIFICA E A ENOBRECE.PARABENS!!

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