O Brasil vivencia intensamente seus feriados. Se é verdade que o povo se solta e fica um tanto fora de si no Carnaval, basta mudar o calendário que os comportamentos mudam. Saem de cena os desfiles de escolas de samba para que passem as procissões. A extravagância dá lugar à reverência. E fica difícil entender como é que valores mudam tanto em um prazo curto de quarenta dias. Mas o assunto aqui é outro...
Com o tempo passei a respeitar mais as diferenças entre pensamentos e religiões, a ver as coisas com menos preconceito e entendi que qualquer fé que as pessoas tenham merece sim credibilidade e respeito, porque afinal se aquilo lhes faz bem, quem sou eu para tentar mudar seus conceitos? Eu não me importo como alguém chama seu Deus, desde que busque verdadeiramente valores de honestidade, amor ao próximo, integridade, etc.
Eu particularmente acredito e me identifico com o Espiritismo, o que para mim é a verdade, e isto é o que eu sinto, ninguém me obrigou a acreditar. E jamais, jamais mesmo, irei tentar convencer alguém da minha verdade, do ponto de vista que construí sozinha e que é particular de cada um. O que me faz feliz e me realiza pode não ser bom para outras pessoas, por diversos motivos.
Chegando então ao assunto Paixão de Cristo, penso que sou muito contrária a tudo que acontece no mundo. Basta que chegue a segunda-feira antes da Páscoa que somos bombardeados com filmes de todas as idades e gostos, todos ressaltando o tema da paixão de Cristo. Ontem estive em frente à TV vendo um filme, o qual abandonei antes do fim, e que contava a trágica história que precedeu a ressurreição de Cristo. Gente, o que é aquele tanto de sofrimento enfatizado no filme? Jesus Cristo foi muito mais do que isto. É claro que é importante saber de sua luta e seu sofrimento, mas daí inundar a tela dos cristãos com sangue, violência e tristeza em plena Semana Santa já fica muito mórbido e denso. Não seria possível enfatizar os ensinamentos, sua belíssima história de vida, sem brindar ao telespectador com um kit completo de instrumentos de tortura que são capazes de fazer tombar qualquer fã da série Duro de Matar?
Eu, que nunca gostei de filmes violentos, não tenho a menor tolerância com tais cenas e fujo delas como se um leão faminto me perseguisse, não consigo entender porque focar tanto em coisas desagradáveis e não nos exemplos de Jesus, exemplos de amor puro que edificariam muito mais o sentimento de nós, cristãos, não só na Semana Santa, como em toda nossa vida.
Se eu posso optar, prefiro pular as páginas policiais e ir direto ao romance.
Todas as religioes são boas ,desde que seguidas c/ amor ,com retidão e mantendo o objetivo principal que eu considero uns dos maiores mandamento:Que é amar ao proximo como a ti mesmo; dentro do principio Amor e Caridade...
ResponderExcluirDisse tudo minha prima. Mesmo não concordando com preferências religiosas de outras pessoas nunca deixei de respeitá-las.O que Jesus nos deixou é muito mais do que é visto nos filmes, e o que está faltando nos dias de hoje. O povo está interpretando os filmes e achando que é para provocar dor e morte nos outros como tem acontecido. Lílian
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